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- Autor, Marcelo Justo
- Título do autor, BBC Mundo
Num dia, cerca de 5 biliões de dólares são negociados nos mercados monetários mundiais, o equivalente a um terço do PIB anual dos Estados Unidos.
O dólar continua a ser a moeda mais utilizada (44% das transações). O euro sofreu o impacto da crise, embora apareça como a segunda moeda a nível mundial. Mas há novas estrelas em cena: as moedas dos chamados países emergentes, incluindo o México, o Brasil e, claro, a China.
Um recente relatório trienal daquela organização internacional do banco central que é o BIS (Bank of International Settlements ou, em inglês, Bank of International Settlements) colocou o peso mexicano em oitavo lugar e o renminbi chinês em nono, ambos à frente da coroa sueca e Dólares noruegueses ou de Singapura e de Hong Kong.
“O dólar americano é a moeda de reserva mundial e mantém-se a presença de moedas tradicionalmente fortes como o euro, o iene, a libra esterlina ou o franco suíço, que normalmente se torna um refúgio em tempos de turbulência. mercados reflete as mudanças que temos visto na economia global”, disse à BBC Mundo o consultor financeiro Paul Bisping, professor da London School of Business and Finance.
Eu quero seu distintivo
A medição trienal do BIS, publicada em Setembro, é a prova desta presença crescente de mercados emergentes ou países em desenvolvimento.
53 bancos centrais e autoridades monetárias de todo o mundo participaram da medição do BIS e o câmbio do mês de abril de 2013 em comparação com o mesmo mês de 2010 foi tomado como parâmetro.
No caso da China, constatou-se que o comércio de renminbi mais do que triplicou, para 120 mil milhões de dólares por dia, em Abril.
No caso do México, o câmbio passou de US$ 50 bilhões para US$ 135 bilhões por dia graças ao Acordo de Livre Comércio da América do Norte com os Estados Unidos e o Canadá (NAFTA, na sigla em inglês).
Em relação à China, o México tem a vantagem de praticamente não ter controlo sobre o comércio de pesos.
A China, a segunda maior economia do mundo, representa apenas 1% do comércio cambial porque só começou a liberalizar parcialmente a venda e compra da sua moeda em 2009.
Ainda assim, no primeiro semestre deste ano, os pagamentos efectuados directamente em renminbi pelas empresas norte-americanas cresceram quase 90%.
Segundo Maik Schmeling, professor da Cass Business School de Londres, essa tendência vai aumentar.
“É apenas uma questão de tempo até que a China deixe o México para trás. A China representa 10% do comércio mundial. O México está abaixo de 2%. A diferença de volumes é muito grande. Agora, se o que se compara é o renminbi e o euro, tudo dependerá da liquidez da moeda chinesa e da sua estabilidade”, disse Schmeling à BBC Mundo.
O refúgio
Entre 2010 e 2013, o câmbio cresceu 33%, ultrapassando os 5,3 biliões de dólares por dia em Abril.
Neste mesmo período, a economia mundial vivia à beira da crise da zona euro e da ameaça de um novo desastre financeiro.
Em Outubro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu a sua projecção de crescimento global para 2,9%, menos 0,3% do que em Julho.
Em suma, o mercado cambial não é um mero reflexo do progresso da economia mundial.
Nem acompanha mecanicamente as trocas comerciais, que este ano crescerão 2,5%, bem abaixo do aumento médio anual das últimas três décadas, que ronda os 7% (e nitidamente inferior ao aumento do câmbio).
“A negociação de moeda não se explica apenas pelo comércio e pelas exportações e importações, mas faz parte da estratégia dos países e das empresas para neutralizar os riscos que a perda de valor de uma moeda acarreta. ” Schielman disse à BBC Mundo.
A política de Quantitative Easing da Reserva Federal dos EUA – também adoptada pelo Banco de Inglaterra e pelo Banco Central Europeu – e as baixas taxas de juro dos países centrais produziram um grande movimento de dinheiro em direcção aos países emergentes em busca de maiores retornos para os fundos.
Com a mera possibilidade de mudança desta política, houve um refluxo destes fundos que afetou países emergentes como o Brasil ou a Turquia.
“Se você quiser investir nesses países, há uma forte demanda por essas moedas porque elas vão servir para investir na bolsa, em imóveis ou em títulos. O que se tem visto nos últimos meses é o movimento inverso de cujo dinheiro está fugindo de países considerados mais arriscados e indo para países considerados mais seguros, como os Estados Unidos. Isso influenciou os volumes negociados nos mercados cambiais e levou a fortes flutuações nas moedas dos países de mercados emergentes”, disse ele à BBC. Professor Paulo Bisping.
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