ROMA (Reuters) – Stellantis anunciou na quarta-feira novas paralisações temporárias em duas de suas fábricas no sul da Itália, enquanto o governo de Roma pediu à montadora que se comprometesse com novos investimentos no país.
Em duas declarações separadas, a empresa disse que informou aos sindicatos sobre uma pausa na produção na fábrica de motores de Termoli, nos dias 16 e 22 de dezembro, e na fábrica de automóveis Cassino, no dia 29 de novembro.
A montadora, cujas marcas italianas incluem Fiat e Alfa Romeo, disse estar determinada a “garantir a continuidade” de suas operações italianas, mas observou que enfrenta “um caminho desafiador que exige escolhas difíceis e não oferece soluções fáceis”.
A Stellantis enfrenta desafios em todo o setor, como a baixa procura por carros elétricos mais caros e a concorrência da China. A empresa também está enfrentando estoques inchados que a levaram a cortar previsões de lucro e fluxo de caixa.
Em Itália, interrompeu repetidamente a produção este ano, incluindo na sua histórica fábrica de Mirafiori, em Turim, mas nas conversações da semana passada com o governo e os sindicatos, comprometeu-se a não fechar fábricas no país nem a fazer despedimentos em massa.
Durante essas conversações, o governo pediu à Stellantis que apresentasse um novo plano “convincente e sustentável” de investimentos para Itália até 16 de dezembro, disse o Ministro da Indústria, Adolfo Urso, numa sessão de perguntas parlamentares.
A Stellantis foi instada a esclarecer as suas intenções relativamente a uma fábrica de baterias paralisada e a comprometer-se a fabricar em Itália um novo carro pequeno para ajudar a apoiar o setor italiano de componentes automóveis, acrescentou Urso.
Destacando os problemas enfrentados pela indústria, a Ford disse na quarta-feira que cortaria cerca de 14% da sua força de trabalho europeia, atribuindo as perdas nos últimos anos à fraca procura por veículos eléctricos, ao fraco apoio governamental à mudança para VEs e à concorrência de rivais chineses subsidiados. .
(Reportagem de Alvise Armellini, edição de Keith Weir)